Operadoras globais se fortalecem no Brasil


Isso vale também para as operadoras de satélites, que ocupam grandes quotas de mercado na América Latina. Alguns deles estão começando a expandir sua presença por meio de serviços adicionais, incluindo aqueles relacionados a plataformas. Assim, a empresa Hispasat apresentou em seu estande não tanto as capacidades de sua espaçonave quanto seu novo serviço OTT.

Estamos falando da plataforma Wave OTT, que permite que operadoras de TV por assinatura, provedores de Serviços de Internet (ISPs) e empresas de conteúdo ofereçam a seus clientes serviços de entretenimento multitelas de alta qualidade pela Internet sem a necessidade de implantar sua própria infraestrutura.Assim, o investimento inicial, bem como o tempo necessário para lançar o serviço, é reduzido.

As operadoras globais de satélites, além das vantagens óbvias do mercado sul-americano com alta demanda no setor corporativo, a implementação de programas governamentais e a expansão das operadoras móveis, são atraídas pelas características geográficas da região, permitindo que uma espaçonave cubra vários mercados promissores. Por exemplo, o aparelho de ultra-alta largura de banda Jupiter-3, com lançamento previsto para este ano, servirá tanto aos Estados Unidos quanto à América Latina. O SES-17, comissionado em 2022, manterá a comunicação com instalações móveis no Caribe. Alguns satélites de várias operadoras, além dos feixes de banda Ka ou Ku, implementam a comunicação de backbone transatlântico na banda C. Essa abordagem permite que as operadoras diversifiquem os riscos e ofereçam soluções atrativas em mercados menos rentáveis, por exemplo, o mercado de banda larga individual via satélite. Além disso, como em outros mercados locais, as operadoras globais cooperam ativamente com operadoras locais e prestadores de serviços que conhecem as especificidades do mercado local. Por exemplo, a operadora Colombiana de redes de fibra óptica Integra Multisolutions cobriu regiões remotas escassamente povoadas com seus serviços usando o agrupamento orbital médio O3b. A IMS se tornou uma das primeiras empresas de telecomunicações da América Latina a assinar os serviços da O3B mPOWER.

Serviços tradicionais das operadoras de satélites Eutelsat e SES também foram apresentados na exposição Andina Link. A operadora Eutelsat está atualmente com foco no mercado de vídeo. Para promover os serviços do satélite Eutelsat 65 West A, A Operadora realizou um programa de instalação de antenas para as operadoras de cabo brasileiras, que lhe dá cobertura de até 15 milhões de residências. Como parte do Programa Estadual, as escolas rurais Mexicanas recebem acesso à Internet através deste KA. O Eutelsat 115 West B cobre o território das duas Américas, entrega conteúdo para 1,9 mil estações principais e 10 milhões de domicílios.

A operadora observa um aumento na demanda por comunicações no mercado sul-americano e, para atendê-lo, encomendou um dispositivo Flexsat com carga útil flexível e largura de banda total de 100 Gbit/s da Thales Alenia Space. O lançamento está previsto para 2026.

Até recentemente, o principal recurso da SES na América do Sul era o satélite SES-14. Em 2022, a operadora regional Andesat, usando sua capacidade, implementou programas de serviço universal no Chile e no Peru. Em junho de 2022, a SES comissionou uma nova espaçonave para a América do Norte e do Sul, bem como para a região do Caribe — A SES-17 em uma posição orbital de 67,1 ❷ W. D.

O lançamento bem-sucedido dos primeiros satélites O3B mPower permite que a SES aproveite a abordagem multi-orbital com maior confiança.